quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Inês de Castro, a única aia de D. Constança que tinha belos vestidos, colares de pérolas e outros acessórios caríssimos, oferecidos por D. Constança e D. Pedro, todas as manhãs ia dar voltas e voltas pela povoação, observando tudo o que a rodeava.
Naquele dia, ao dar o seu passeio matinal, ouvindo o que os populares cochichavam, todas as pequenas e grandes notícias que rapidamente passavam de boca em boca, ouviu uma voz grossa que afirmava que D. Constança estava prestes a ter o seu esperado filho.
Ao saber isto, Inês entrou em choque e ficou feliz, em simultâneo. Um filho de D. Constança e de D. Pedro iria ser mais uma enorme barreira para o amor que Inês sentia por Pedro. Ainda assim, havia um pequeno brilho no rosto de Inês de Castro.
Numa caminhada rápida, chegou em poucos minutos ao castelo, entrou no quarto de D. Constança e, vendo-a deitada, num sofrimento tremendo, agarrou num pano, mergulhou-o numa bacia de água morna e colocou-o sobre a testa de D. Constança, tentando aliviar-lhe as dores.
D. Constança suava, sentia tonturas e não parava de gritar, apesar das tentativas de Inês para a acalmar.
Subitamente, D. Pedro entrou no quarto e beijou-a, acarinhou-a.
Inês ficou paralisada ao ver o Infante, pois ele costumava passar a maior parte do tempo em suas caçadas.
De repente, surge uma enorme mancha encarnada nos lençóis finos e brancos de D. Constança. Todos percebem que acabou de perder o herdeiro.
A pedido de Inês, as aias saem e Pedro fica com a sua mulher, que, muito fraca, chora por não ter aguentado o seu filho na sua barriga.
Choram os dois, até que Constança adormece... um sono longo, do qual não irá acordar.
D. Pedro, agarrado à mulher, grita de desespero, pois acaba de perder o filho e a companheira.
...
Passadas três semanas aproximadamente, D. Pedro começou a encontrar-se com Inês de Castro e, em pouco tempo, esqueceu Constança.
Inês e Pedro passaram a encontrar-se constantemente, quer no povoado, quer no castelo. A partir desses encontros e desencontros, a atracção que D. Pedro tinha por D. Inês evoluiu para um grande amor.
A partir de uma morte inesperada, cresce um amor eterno.

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